“Temos dialogado com muitos autarcas que têm, de facto, um problema com as pessoas que compram uma autocaravana, mas não são autocaravanistas e depois estacionam onde acham que podem estacionar e nem sempre o podem ou devem fazer”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Autocaravanista de Portugal, Paulo Moz Barbosa.
Considerando que a associação “rege-se pelo Código da Estrada” e “por uma declaração de princípios”, que determina que os autocaravanistas “só podem fazer campismo nos parques de campismo”, Paulo Moz Barbosa admitiu que o autarca de Porto Covo possa “estar a fazer várias confusões”.
“Estar estacionado de acordo com as normas do Código da Estrada em locais que o código permita não é fazer campismo e dormir dentro de uma autocaravana em locais onde o código permite o estacionamento não é campismo”, advertiu.
Para o responsável da associação, que representa 920 autocaravanistas, se o presidente da Junta de Freguesia de Porto Covo “tem razões de queixa das pessoas que estacionam indefinidamente, abrem os toldos e fazem campismo na via pública deve chamar as autoridades e autuar quem está a prevaricar”.
“É tudo uma questão de fiscalização e seguir o que está estipulado no Código da Estrada e não inventar sinais a proibir a circulação de autocaravanas”, considerou o presidente da Associação Autocaravanista de Portugal, defendendo “a regulação do trânsito” na aldeia turística de Porto Covo.