O líder parlamentar do Partido Ecologista ‘Os Verdes’, José Luís Ferreira, defendeu a necessidade de “garantir os direitos dos trabalhadores” das centrais termoeléctrica de Sines, medida que a CGTP acompanha. “Nós não podemos mandar foguetes ao ar porque o Governo decidiu antecipar o encerramento só por si. Isto não chega. Como ecologistas temos também as preocupações sociais”, disse José Luís Ferreira à Lusa. Notando que “é muita gente, são centenas de trabalhadores cujas famílias dependem também dos rendimentos dessas pessoas”, o líder parlamentar de ‘Os Verdes’ mostrou-se convicto de que “é possível compatibilizar tudo”. “Nós conseguimos defender o ambiente e conseguimos também tratar das pessoas”, vincou. De acordo com o ecologista, no que toca à central de Sines, “o contrato já acabou em 2017”, e o contrato relativo à central do Pego “vai acabar no ano em que o Governo prevê o encerramento da central”. “E, portanto, não haverá qualquer compensação para essas operadoras, e nós queremos também ter essa garantia do Governo”, frisou.
Também em declarações à Lusa no final da reunião, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos apontou que “mais do que anunciar o encerramento destas centrais, importa o Governo tomar medidas imediatamente para salvaguardar os postos de trabalho e encontrar alternativas, mas também para garantir o desenvolvimento económico e social daquelas regiões”.
“Nós estamos a falar de muitas centenas de postos de trabalho que podem, pura e simplesmente, desaparecer. E não se pode anunciar o encerramento, sem primeiro tomar as medidas preventivas para garantir o emprego e, particularmente, para assegurar os rendimentos daqueles trabalhadores”, que “estão também ligados também ao próprio desenvolvimento económico e social”, salientou.