A central térmica de Sines esteve fechada durante várias semanas em 2019, devido à subida dos custos da produção a carvão, fazendo com que o ano que passou ficasse nos livros como aquele em que a produção de energia eléctrica a partir desta matéria-prima satisfez a menor fatia de consumo em 30 anos.
Segundo avançou o Público, os dados divulgados esta sexta-feira pela REN, no ano passado, a electricidade com origem no carvão abasteceu apenas 10% do consumo, registando, assim, “a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, em 1989”.
Em contraste com o carvão, a produção eólica destacou-se com um recorde positivo. Segundo a empresa que tem a missão de gerir o sistema eléctrico, a produção renovável abasteceu 51% do consumo nacional de energia eléctrica (face a 52% em 2018) e a eólica registou a quota mais elevada de sempre: representou 27% do consumo.
Seguiram-se a hidroeléctrica (17%), a biomassa (5,5%) e a fotovoltaica (2,1%).
Com a entrada em funcionamento de novas centrais, a energia fotovoltaica foi a fonte que mais cresceu em 2019, ultrapassando pela primeira vez 1 Terawatt hora (TWh) de produção anual.
Quanto à produção não renovável, foi responsável por 42% do consumo em 2019, e assegurada essencialmente pelas centrais a gás natural, que se tornaram mais competitivas que o carvão, e alcançaram uma quota de 32%.
Foto: Miguel Manso