A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal afirmou que é “urgente eliminar a exposição da Galp” gerada pelas investigações à empresária angolana Isabel dos Santos e reiterou a necessidade de o Governo reforçar a participação na empresa.
A nota emitida pela CCT da Petrogal refere também que “as declarações pela rama” do executivo são uma forma de “passar recados ou desviar atenções”, mas “não há respostas que garantam, tanto o interesse nacional, como dos trabalhadores”.
Questionando se o Governo “está a abrir a porta” à saída de Isabel dos Santos da Galp, a CCT considera que o passo seguinte “seria esclarecer se a Parpública vai assumir ou, pelo menos, encetar negociações para adquirir a participação” da empresa, ou se vai deixar “ao arbítrio alheio todas as geometrias de interesses que cabem na alienação da participação” da filha do ex-chefe de Estado angolano José Eduardo dos Santos.
“O Governo poderá sempre continuar a assobiar para o lado e dizer que Isabel dos Santos não tem uma participação direta na Galp, porém, esse será o caminho para que tudo fique na mesma, logo, tudo vá para pior”, sublinha a nota.
Se o executivo, liderado pelo socialista António Costa, “fingir que nada se passa”, poderá “deixar em aberto” a hipótese de um dia ser descoberto “um qualquer negócio que coloque em causa a sacrossanta estabilidade acionista” da Galp, acrescenta a CCT.