Segundo avança a Revista Cargo, o documento de Trabalho dos Serviços da Comissão, relativo a Portugal de 2020, refere que «o desenvolvimento dos novos terminais de contentores» em Portugal é fundamental para o progresso do sistema marítimo-portuário português: especialmente no que toca ao caso do Porto de Sines, que contará, além da expansão infra-estrutural do Terminal XXI, com a construção de um novo terminal de contentores.
“Potencial económico de Sines” sofrerá incremento
O relatório, que documento ‘Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho Europeu, ao Conselho, ao Banco Central Europeu e ao Eurogrupo’ (datado de 26 de Fevereiro de 2020) visando a «avaliação dos progressos realizados em matéria de reformas estruturais, prevenção e correcção dos desequilíbrios macro-económicos, e resultados das apreciações aprofundadas efectuadas no âmbito do Regulamento (UE) n.º 1176/2011Bruxelas», deixa sub-entender que os investimentos previstos para Sines são essenciais para desenvolvimento económico nacional.
“Os investimentos no novo terminal de contentores de Sines (Terminal Vasco da Gama) e a expansão do terminal XXI já existente aumentarão o potencial económico de Sines”, salienta o documento.
Recorde-se que, no mesmo relatório, é sublinhada a necessidade de um encurtamento tendencial dos prazos das concessões no sector marítimo-portuário – uma opção que, na argumentação da OCDE, é passível de aumentar os índices de competitividade no sector. Esta opinião é contrária à vasta maioria das visões das empresas que investem neste tipo de segmento de negócio.
Devido aos possantes e avolumados investimentos necessários (principalmente em terminais e equipamentos inerentes à movimentação de cargas), as empresas dispostas a investir neste tipo de empreitadas usualmente requerem largos períodos de concessão que possibilitem a amortização e rentabilização do capital investido – algo que demora várias décadas, defendem as operadoras, um pouco por todo o mundo.