A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu que o “layoff” deve passar a “garantir salários a 100%” e que as empresas que recorram a este regime devem ser obrigadas a “manter o vínculo” com os trabalhadores.
Na visão de Catarina Martins, não só os salários têm que passar a ser pagos na totalidade, porque os trabalhadores não podem estar até ao final do ano “com o corte de um terço dos seus salários”, como também é preciso garantir que as empresas que têm apoios do Estado “mantêm todos os postos de trabalho, incluindo os precários”.
Para que pare esta sangria de trabalhadores precários sem nenhum direito, a ficarem sem emprego ao mesmo tempo em que as empresas estão a ter apoios do Estado, é preciso incluir a obrigação de prorrogação dos contratos precários nos apoios às empresas. O Estado não pode fazer de conta que estes trabalhadores não existem quando está a negociar o apoio às empresas”, sublinhou.
Devido ao “número de despedimentos no país”, a líder bloquista apontou ainda que “é preciso apoiar rapidamente as pessoas que perderam o acesso ao emprego sem terem acesso ao subsídio de desemprego”, cortando para metade os prazos de garantia de acesso a este apoio.