
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira que a recuperação da economia portuguesa foi de 13,3% em cadeia no terceiro trimestre, após a queda histórica no segundo trimestre por causa da crise pandémica. Apesar da recuperação expressiva, o PIB continua 5,7% aquém do verificado no terceiro trimestre de 2019.
“Esta evolução deveu-se em grande medida ao comportamento da procura interna que registou um contributo significativamente menos negativo que no trimestre precedente (passando de -11,8 pontos percentuais no 2º trimestre para -4,0 p.p.), refletindo sobretudo a recuperação expressiva do consumo privado e, em menor grau, do Investimento e do consumo público“, explica o gabinete de estatísticas. No caso do investimento, foi o escoamento de stocks, a recuperação do equipamento de transporte e o contínuo crescimento da construção a permitir esta recuperação.
No caso do consumo privado, a compra de bens alimentares manteve-se sempre a crescer, mesmo na comparação homóloga, sendo uma excepção à queda generalizada, o que poderá ser explicado pelo menor recurso a restaurantes. Além disso, após o adiamento da compra de bens duradouros no segundo trimestre (-26,3%), esta componente do consumo das famílias subiu 2,1% no terceiro trimestre, em termos homólogos.