
É a grande nova esperança na luta contra a Covid-19. À medida que a vacinação tenta proteger-nos de contrair a doença, uma equipa de investigadores faz avanços naquele que pode ser o primeiro tratamento realmente eficaz.
Trata-se de um medicamento chamado Alpidin ou Plitidepsina, usado habitualmente no tratamento do cancro, mas agora aplicado ao tratamento da Covid-19. É isso que revela o estudo publicado esta segunda-feira, 25 de janeiro, na revista “Science”.
As primeiras análises revelaram que o seu uso ajudava a bloquear a multiplicação do virus em células de ratos de laboratório — e numa escala menor, em células humanas. Os investigadores garantem que este medicamento é 100 vezes mais potente que o Remdesivir — ou pelo menos demonstrou sê-lo quando aplicado em ratos com Covid-19, tratados com os dois compostos —, o antivírico que até aqui era usado para travar o avanço da doença em pacientes graves, mas sem a taxa de eficácia desejada.
A plitidepsina, ao entrar no sistema, bloqueia a proteína que o vírus precisa para tomar conta das células e replicar-se. Sem essa possibilidade, o vírus não é capaz de se alastrar.
Os investigadores revelam também que os dados apontam para a pouca toxicidade do medicamento. Apesar de tudo isto serem boas notícias, a verdade é que os dados promissores terão ainda que ser comprovados em ensaios clínicos em humanos.