
Segundo avança o Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, garante que o Governo tem acompanhado o processo do encerramento da central a carvão do Pego, previsto até ao final desde ano. E acredita que, à semelhança dos planos da EDP para Sines, a central de Abrantes tem potencial para ser alvo de um futuro investimento para continuar a ser um centro eletroprodutor. “A central a carvão do Pego é um consórcio onde há várias empresas com entendimentos diferentes sobre o futuro daquele projeto”, começou por explicar o responsável esta quarta-feira no Parlamento. Esta unidade é detida pela Tejo Energia, que resulta de uma parceria entre a TrustEnergy (“joint-venture” da Engie e da japonesa Marubeni) e a Endesa. João Galamba revelou que o Governo tem tentado ajudar a encontrar uma solução para “manter aquele local como importante polo estratégico”, de modo a que os “trabalhadores daquela central possam olhar para um futuro” naquele complexo, “como trabalhadores de Sines, apontou. “Os dois polos serão destinos importantes de investimentos”, assegurou o secretário de Estado da Energia. Já antes, durante a sua intervenção, o ministro do Ambiente tinha relembrado os plano de encerramento das centrais de Sines e do Pego no âmbtio da estratégia de descarbonização. E relembrou que se tratava de “duas das maiores instalações poluentes do país, que entre 2012 e 2018 representaram entre 15% e 18% do total nacional de emissões de gases com efeito de estufa”. “Portugal deixará, assim, de emitir 4,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono, alcançando uma redução estimada de 31% das emissões de gases com efeito de estufa em relação a 2005”, acrescentou Matos Fernandes. Questionado sobre a estratégia para o hidrogénio verde, que tem gerado controvérsia, o ministro relembrou que além de uma unidade industrial de eletrolisadores, o conhecido Projeto H2Sines, há também em vista outros projetos, entre os quais o Projeto Fusion Fuel, a instalação de uma Comunidade de Energias Renováveis, a produção de amónia verde, ou a captura de dióxido de carbono e a criação de um “data center”. “O hidrogénio verde não centra apenas em Sines”, apontou. A central de Sines, que arrancou com a sua produção em 1985, era previsto encerrar a sua atividade até 2023. Porém, a EDP antecipou para o passado dia 15 de Janeiro o fecho desta unidade, que tem uma capacidade de 1.192 MW. No total, as duas centrais empregam cerca de 700 trabalhadores.
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