
Segundo avança o “Jornal Economico”, a competitividade da refinaria de Sines foi um dos temas abordados ontem no primeiro contacto com analistas do novo presidente da Galp.
O sucessor de Carlos Gomes da Silva disse que a empresa ainda vai ter de calcular qual o valor de investimento necessário para manter esta refinaria competitiva.
“O futuro de Sines é uma das grandes questões estratégicas. É uma refinaria muito mais rentável do que a de Matosinhos”, começou por dizer Andy Brown.
“Ainda assim, o mundo está a mudar rapidamente: o que vamos precisar de investir nesta refinaria para a tornar resistente para o futuro, e quanto é que este futuro vai durar, é uma consideração importante para nós”, afirmou o gestor britânico.
Andy Brown espera que a empresa recupere as margens de refinação, mas avisou que a “procura ibérica” por combustíveis “também vai diminuir com o tempo”.
“Como é que tornamos Sines numa das principais refinarias ibéricas num mundo assim? Há decisões importantes para tomarmos”, alertou o novo líder da petrolífera portuguesa.
O encerramento da refinaria de Matosinhos também esteve em destaque na primeira chamada de Andy Brown com os analistas.
“O meu coração lamenta pelas pessoas que trabalharam tanto por tanto tempo naquela refinaria e sei que a decisão da administração em fechar a refinaria foi muito pesada”, começou por dizer o novo líder.
“É claro que permanecerá como parque logístico para nós e vamos procurar outras formas de usar essa instalação e estamos a estudar isso com atenção. Alguns dos equipamentos existentes são equipamentos que podemos utilizar noutros projectos, por exemplo em Sines”, explicou.
“Mas a nossa prioridade neste momento é ter certeza que temos um bom plano para as pessoas, temos um bom plano de como vamos desactivar e descontaminar o local de maneira muito responsável e depois planear o que podemos fazer, afirmou Andy Brown.