
A Associação de Transitários de Portugal (APAT) lança o ciclo ‘Conversas Fora de Bordo’, rol de eventos nos quais se pretende abordar como podem os portos e os Transitários “ser mais parceiros, mais cooperantes, onde podem melhorar procedimentos e acima de tudo com angariar mais carga. De que forma, onde e como”, explicou, em comunicado divulgado ontem por esta associação.
Ciclo de conferências APAT: Pontapé de saída dá-se já no dia 4 de Março
O ciclo será constituído por Webinares trimestrais assim como entrevistas publicadas na Revista APAT. O ciclo arranca no próximo dia 4 de Março, em Sines, contando com a participação da APS, PSA e Aicep Global Parques, seguindo, depois, em direcção ao norte do País. «O objectivo principal é perceber como enfrentar esta nova realidade do Pós-Covid e até do Pós Brexit», detalhou, no comunicado, a APAT.
O ciclo de conferências promovido pela APAT pretende acompanhar o debate global sobre as grandes metamorfoses que o teatro do comércio internacional começa a atravessar: uma redefinição modeladora do processo globalizante, à boleia de novas tendências geoestratégicas, novas disrupções produtivas e novas configurações do consumo online, acompanhadas de novas exigências competitivas. Como poderão os players que compõem o tecido logístico responder em consonância com os novos paradigmas que pautarão o futuro do sector?
“Alargar hinterlands portuários»”: um debate que interessa (também) a Sines
«Hoje enfrentamos forças e pressões diferentes, internas ou externas, mas que impactam muito seriamente no comércio internacional. É expectável que os mercados ‘naturais’ se alterem. A globalização tal como a conhecemos poderá sofrer balanceamentos disruptivos e as ‘fábricas do mundo’ poderão deixar de ser apenas no Oriente. As novas relações entre os utilizadores do transporte marítimo, assim como as performances das economias nacionais, ainda o confinamento das pessoas, que por via da Covid-19 desenvolveram capacidades individuais, em que cada um se tornou facilmente num comprador on-line, condicionando e alterando assim o paradigma desta indústria», detalha a associação.
Torna-se assim «importante perceber como podemos todos trabalhar para alargar os hinterlands portuários e, neste caso em particular, o que pode dar o Porto de Sines e o que podem dar os transitários e restantes parceiros da cadeia?».