
O fecho antecipado da central a carvão de Sines poderá obrigar a EDP a pagar quase 6 milhões de euros à Portsines, que tratava da logística do carvão importado.
Em dezembro do ano passado, a empresa avançou com uma acção de execução contra a EDP no valor de 1,18 milhões de euros. No entanto, a eléctrica admite que a contingência pode chegar a 5,89 milhões de euros, escreve o Expresso.
Três meses antes, a Portsines já tinha avançado com uma acção arbitral contra a EDP Produção para “obter a condenação desta no pagamento dos montantes respeitantes às taxas portuárias, alegadamente previstas no contrato de prestação de serviços celebrado entre ambas”.
A EDP revela agora que o Tribunal Arbitral condenou a eléctrica a pagar à Portsines 590 mil euros pelo primeiro trimestre de 2020, outros 590 mil euros pelo segundo trimestre, e ainda 599 mil euros por cada trimestre até junho de 2022. A EDP interpôs um recurso, aguardando decisão sobre o mesmo.
Embora o fecho da central só estivesse previsto para 2025, o seu encerramento ocorreu em janeiro último por decisão da EDP, devido à perda de competitividade da produção de eletricidade a carvão.
Portugal tem ainda a central termoeléctrica do Pego, que está previsto que seja encerrada no final deste ano. Assim, o país abandonará em definitivo a produção de eletricidade a partir de carvão