
Esta é a estimativa de José Luís Cacho, presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, o que implica o atraso do projecto em dois ou três anos em relação ao inicialmente previsto. O facto de o concurso ter ficado deserto adiou um investimento avaliado em cerca de 640 milhões de euros e a criação estimada de cerca de 1.350 postos de trabalho. Um novo concurso só deverá ser lançado quando a situação da pandemia estiver controlada.
“O novo terminal de contentores Vasco da Gama só deverá estar operacional em 2026 ou 2027”, admite José Luís Cacho, presidente da APS -Administração dos Portos de Sines e do Algarve, em declarações ao Jornal Económico.
Esta é a principal consequência do concurso público internacional para a construção e concessão do novo terminal de contentores do porto de Sines ter ficado deserto, sem ter sido apresentada qualquer proposta por parte dos potenciais interessados até ao dia 6 de abril, data limite para entrega das referidas propostas.
Com o concurso lançado a 15 de outubro de 2019, previa-se que as obras arrancassem no início deste ano, mas o processo já tinha sofrido adiamentos.
Como a construção deste novo terminal deverá demorar cerca de três anos, quando o processo se iniciou estimava-se que o novo terminal de contentores pudesse estar operacional em 2024.
No entanto, com este novo contratempo, o processo vai ser protelado por mais dois ou três anos do que o inicialmente previsto.
Segundo José Luís Cacho, este concurso ficou deserto devido aos constrangimentos provocados pela pandemia a nível global, apesar de ter sido noticiado diversas vezes que há grandes grupos chineses, norte-americanos e europeus candidatos a entrar nesta corrida.
“É preciso ver que este é um investimento totalmente privado e que, recentemente, assinámos um contrato para a expansão do Terminal XXI”, assinala o presidente da APS.
Recorde-se que o investimento previsto para a construção deste novo terminal de contentores do porto de Sines é de 642 milhões, esperando-se que o empreendimento proporcione a criação de cerca de 1.350 postos de trabalho.
Quer o investimento, quer a criação de novos empregos ficam, assim, adiados.