Hidrogénio verde. Porto de Roterdão prevê carregamentos de Sines a partir de 2025.

O porto de Roterdão prevê começar a receber os primeiros carregamentos de hidrogénio verde a partir de 2025, mas também já tem o seu próprio projecto para produzir este gás renovável.

O maior porto europeu espera que até 2023 já estejam operacionais os primeiros eletrolisadores com uma capacidade de 150 a 250 megawatts (MW), um investimento da petrolífera Shell. Mais tarde, em 2025 deverá entrar em operação um eletrolisador com 250 megawatts, investimento que inclui a BP e o próprio porto, mas a decisão só será tomada em 2023. Até 2030, a previsão é que já estejam operacionais entre 2 a 2,5 gigawatts de eletrolisadores. No total, a Holanda espera ter quatro gigawatts de eletrolisadores até ao final desta década.

As datas e o plano de Roterdão foram reveladas por Monica Swanson, responsável do porto holandês, durante a conferência de conferência online “O hidrogénio nas nossas sociedades – estabelecer pontes”, realizada na quarta-feira, 7 de abril, realizada no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.

Para produzir este hidrogénio verde, o porto prevê usar energia eólica produzida a partir de centrais eólicas marítimas (offshore) localizadas ao largo da costa dos Países Baixos, no Mar do Norte, com uma capacidade total instalada de dois gigawatts (GW).

Esta electricidade vai depois ser transportada para terra através de um cabo submarino onde a eletricidade vai servir para produzir o hidrogénio verde numa unidade com eletrolisadores com uma capacidade total para dois gigawatts.

O hidrogénio verde produzido em Roterdão ou importado será depois transportado – através de gasodutos que deverão estar concluídos até 2028 – para o coração industrial da Europa, localizado no estado alemão da Renânia do Norte-Vestália, e para Chemelot, um complexo químico localizado no sul da Holanda, na província do Limburgo.

Em fevereiro, o porto assinou um acordo com a Uniper, uma empresa produtora de eletricidade com clientes na Holanda e na Bélgica, para construir inicialmente uma central de produção de hidrogénio verde com 100 megawatts com o objetivo de expandir esta capacidade para os 500 MW.

Mas Portugal não vai estar sozinho na exportação para Roterdão. Em documentos publicados anteriormente, o porto de Roterdão aponta que as importações vão ter origem no sul da Europa, norte de África e o Médio Oriente.

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