
Com a reabertura do Centro de Artes de Sines (CAS), voltou a poder ser visitada a exposição ALENTEJO ANAMNESIS, do fotógrafo Cabrita Nascimento.
Através do Serviço Educativo e Cultural, o CAS desenvolve em maio um projecto de apresentação e mediação da exposição, composto por uma oficina de fotografia e um workshop de criação de música exploratória.
A oficina de fotografia “Sines – O Mar, a Terra e as Gentes” realiza-se nos dias 7 e 8 de maio (para jovens estudantes) e 14 e 15 de maio (para comunidade em geral, sem restrições de idade). Será ministrada por José Cabrita do Nascimento, utilizando métodos pedagógicos activos da escola de animação cultural do CEMEA francês e do FAOJ/IPJ português. Com uma carga horária de 20 horas, a formação decorrerá nos períodos 9h30-13h00 e 14h00-19h30 intercalando um período teórico com momentos práticos a realizar ao ar livre pela cidade e restantes horas em acompanhamento online. A iniciativa terá um máximo de 12 participantes, divididos em três grupos de quatro pessoas cada, e dará direito a certificado de participação.
Nos dias 21 e 22 de maio, no âmbito da Semana de Educação Artística, acontece o “Alentejo Sonoro”, workshop de criação de música exploratória. Ministrado por Afonso Nascimento, músico e compositor licenciado em produção e criação musical, o workshop tem por base a criação de paisagens sonoras inspiradas em fotografias da exposição ALENTEJO ANAMNESIS. Os formandos deverão escolher uma fotografia da exposição à sua escolha, recolher um banco de sons captados e criar uma paisagem sonora que ilustre a mesma através de software de edição áudio. O workshop terá a duração de oito horas (4h + 4h) e pode participar um máximo de cinco pessoas por turma.
As inscrições para as atividades são gratuitas e podem ser feitas através do email servicoeducativoCAS@mun-sines.pt.
Sobre a exposição ALENTEJO ANAMNESIS
As fotografias do projeto ALENTEJO ANAMNESIS pretendem ser, segundo o artista, “ensaios artísticos sobre as raízes mais profundas da natureza do nosso planeta” através do local onde habita, a região alentejana.
Inspirados no conceito platónico de anamnese, as fotografias constituem “uma rememoração gradativa”, através da qual o fotógrafo descobre dentro de si “as verdades essenciais e latentes” que remontam a um tempo anterior ao da sua existência empírica.
O objectivo do projecto consiste em “trazer à memória as raízes do tempo; moldado pelos “sapiens” que habitaram a terra alentejana, as árvores que sustentam essa terra, as rochas que a configuram, a água de vida que a ladeia; em todos os elementos essenciais que a transformam numa das regiões mais poéticas do planeta Terra”.
Uma exposição em que o Alentejo surge como “um possível início de vida na Terra, um lugar do futuro dessa mesma Terra, que tanto urge cuidar e preservar do instinto de morte e destruição (thánatos) que por vezes caracteriza a nossa espécie.”
Cabrita Nascimento cursou iniciação à fotografia tendo 15 anos de idade, na Casa de Cultura da Juventude de Évora do FAOJ. Concluiu estudos de aperfeiçoamento e especialização à fotografia, com formadores franceses do CEMEA, no FAOJ do Porto e em Paris, ao abrigo dos acordos Luso-Franceses. Participou em formações em cinema e vídeo, licenciou-se em Sociologia e fez uma pós-graduação em Direito da Cultura e do Património Cultural.