
Segundo avança a revista SÁBADO, Israel, Argélia e Marrocos – são estes os principais clientes de Portugal, que recebem frequentemente milhares de bovinos e ovinos nos respetivos portos. A venda de animais ainda vivos para outros países tem aumentado nos últimos anos e, a acompanhar esta tendência, surgem também cada vez mais denúncias relacionadas com as más condições durante as viagens.
A última notícia relacionada com este tema dava conta da suspensão do transporte de animais vivos para Israel, destino da maior parte dos animais que saem dos portos de Sines e de Setúbal, mas a PATAV, Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos, teme que esta suspensão seja demasiado breve. Isabel Carmo, membro da PATAV, avançou à SÁBADO que três navios estão a caminho de Portugal e outro chegou durante a madrugada desta segunda-feira ao porto de Sines. Estes barcos, “geralmente antigos, sem condições e altamente poluentes”, farão depois a viagem até Israel.
A suspensão da exportação foi determinada por Israel e justificada por um engano no envio de animais. “Para Israel só podem ser enviados machos e Portugal enviou também fêmeas. E aqui se vê que a fiscalização é insuficiente.” O que acontece habitualmente, explicou Isabel Carmo, é que a suspensão é retirada assim que os navios chegam aos portos.