
Segundo avança a Revista Cargo, José Luís Cacho, presidente do Conselho de Administração do Porto de Sines, revelou que a infra-estrutura vive uma período de viragem no que toca à captação de novos segmentos de carga e de negócio, adaptando-se aos novos paradigmas sustentáveis e preparando-se para um futuro de crescimento. O agro-negócio, minérios e a indústria automóvel são apostas centrais.
Assim, detalhou José Luís Cacho, o horizonte do Porto de Sines passará, em grande parte, por uma aposta no agro-negócio (a APS tem desenvolvido esforços, nos últimos meses, para encetar parcerias internacionais e acordos neste segmento), nos minérios, designadamente o lítio, nas operações de carga de projecto (nomeadamente peças fabricadas em Portugal ligadas à indústria da metalomecânica pesada), e também no sector automóvel.
Durante a entrevista, José Luís Cacho assegurou que a sustentabilidade futura do Porto de Sines “está assegurada” com a aposta na diversificação de cargas e negócios, capazes de “vir a substituir a economia do petróleo”. Apesar dos esforços de diversificação de cargas, o porto alentejano não abdica de continuar a crescer na carga contentorizada, segmento no qual lidera em Portugal. José Luís Cacho adiantou ainda que em breve será lançado um concurso na perspectiva de captar novas áreas de negócio no segmento da carga sólida para o antigo terminal do carvão.
A sustentabilidade do Porto de Sines, explicou ainda o presidente da APS, “passa também por captar carga de hinterland de Espanha e captar novos projectos industriais e logísticos para Sines”. “O futuro de Sines nos próximos anos está assegurado com o crescimento da carga contentorizada que está prevista e com os desenvolvimentos do terminal XXI e os novos projectos que vamos ter, por exemplo, no agro-negócio ou outros no âmbito da carga sólida.”