Um grupo de investigadores do Laboratório de Ciências do Mar da Universidade de Évora (CIEMAR) está a desenvolver no Alentejo Litoral o projecto “ARROJAL: Apoio à Rede Nacional de Arrojamentos – Rede Regional Alentejo”.

A iniciativa visa o estabelecimento de uma rede regional de arrojamentos de cetáceos e tartarugas marinhas ao longo da costa alentejana, entre Tróia e Odeceixe, permitindo “a recolha sistemática de informação sobre as espécies de mamíferos e répteis marinhos arrojados” na região.

A avaliação “das respectivas causas de mortalidade” e a recolha “de amostras biológicas, contribuindo para as colecções do banco nacional de tecidos de animais marinhos” são outros dos objetivos do projecto, adianta fonte oficial do CIEMAR.

Segundo a mesma fonte, a iniciativa “pretende ainda realizar actividades de divulgação científica que contribuam para o aumento do conhecimento científico e da literacia dos oceanos”.

Nesse sentido, acrescenta, a equipa do projecto “já se encontra no terreno”, tendo recebido “o primeiro alerta” no início de maio junto à praia da Lagoa da Sancha, em Sines.

“Os dados recolhidos permitiram identificar o animal como sendo um golfinho-comum (Delphinus delphis), espécie de cetáceo bastante frequente” na costa do Alentejo Litoral, revela o CIEMAR.

O “ARROJAL” resulta de uma colaboração entre a Universidade de Évora e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), sendo financiado pelo Fundo Ambiental.

O projecto pretende dar apoio à Rede Nacional de Arrojamentos, coordenada pelo ICNF e que se encontra dividida em redes regionais, “de modo a dar uma resposta rápida e eficaz à ocorrência de mamíferos e répteis marinhos encalhados na costa portuguesa”.