
Segundo avança a Revista Cargo, no relatório sobre o Ecossistema Portuário português, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) enfatizou a evolução do Porto de Sines no contexto da carga contentorizada: recorrendo aos dados do Eurostat, em exercício de benchmarking, a entidade regulador assinalou a 21ª posição do porto alentejano, no ano de 2019, entre os principais portos europeus de contentores. O Porto de Roterdão liderou a lista.
“O porto de Sines, após registo de uma das maiores taxas de crescimento, ocupou o 21.º lugar, em 2019, com 1,42 milhões de TEU movimentados”, frisou a AMT no documento, ao qual tivemos acesso. Os dados do Eurostat, referentes ao ano de 2019, indicam que os Portos de Roterdão (13,5 milhões de TEU movimentados), Antuérpia (11,7 milhões de TEU) e Hamburgo (9,3 milhões de TEU movimentados), foram os três principais portos da Europa ao nível do volume de contentores movimentados, todos localizados na costa do Mar do Norte.
Destaca–se, também, o Porto de Valência (5º lugar com 5,4 milhões de TEU movimentados), Algeciras (6º lugar com 5,1 milhões de TEU) e o Porto de Barcelona (9º lugar com 3,3 milhões de TEU movimentados). Assinale-se ainda que Espanha registou o maior volume de contentores movimentados na Europa representando 18% do total da União Europeia em 2019. Considerando os mesmos principais portos de contentores, para o período de 2012 a 2019, os maiores aumentos no número de TEU movimentados foram registados em Sines (157%), seguido por Londres (152%) e Pireu (101%).
No documento, a AMT fez ainda uma comparação entre o Porto de Sines e o porto espanhol de Valência, tendo em conta as semelhanças em termos de área de influência. «A comparação com o porto espanhol revela que o custo total por navio é significativamente superior em Espanha, estando a diferença relacionada com a cobrança da TUP [tarifa de uso do porto] Carga por parte dos portos espanhóis (tarifa eliminada nos portos do continente em 2014). Comparando isoladamente, a TUP Navio e a taxa de pilotagem são superiores em Portugal», salientou o documento.