
A sede da Galp em Lisboa foi palco de um protesto de activistas pelo clima, exigindo “empregos dignos, públicos e verdes”. O protesto teve lugar no dia em que a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal considerou ser o “mais negro” da história da Galp, devido ao despedimento coletivo em Matosinhos.
O grupo de activistas da Climáximo, aponta para uma concentração da produção nacional da Galp em Sines, o aumento para o dobro da produção global através da exploração de petróleo e gás nas “ex-colónias” e a “ausência total de planos de justiça social para os trabalhadores
Os activistas defendem que, “em vez desta transição para a catástrofe, é preciso uma transição justa garantida através de um plano massivo de centenas de milhares de Empregos para o Clima”.
Os empregos para o clima são “novos postos de trabalho, no sector público, nos sectores-chave que têm impacto directo nas emissões e com garantia de requalificação profissional e prioridade ao emprego para as pessoas que trabalham nos sectores poluentes”, considera o movimento.
“O que está a acontecer em Matosinhos serve de exemplo assustador para o que ocorrerá em Sines a breve trecho, se não pusermos já em marcha um rumo alternativo: planear o fecho da Refinaria da Galp em Sines, garantindo uma transição justa”, defende Diogo Silva, porta-voz da acção.
A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos a 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.
A petrolífera justificou a “decisão complexa” de encerramento da refinaria com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.
O Estado é um dos accionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.