
A petrolífera espanhola Repsol e o Governo português vão anunciar amanhã, um investimento de 657 milhões de euros no Complexo Industrial de Sines, que visa a ampliação daquele espaço com a construção de duas novas fábricas.
O investimento da Repsol em Sines é considerado um projecto de potencial interesse nacional (PIN), “o maior investimento industrial dos últimos dez anos em Portugal”.
De acordo com o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, citado pela Lusa, a 8 de julho, aquando da apreciação deste investimento pelo Governo, este investimento da Repsol “vai não só contribuir para a descarbonização da economia portuguesa, como vai focar-se nos objectivos de aumentar as exportações e diminuir as importações”, na balança comercial nacional.
As duas novas fábricas, cuja construção está prevista começar este ano e terminar em 2025, vão trabalhar materiais poliméricos de alto valor acrescentado, 100% recicláveis, para as indústrias automóvel, farmacêutica ou alimentar, entre outras.
“Estima-se que, em momento de cruzeiro, o impacto directo do projecto na balança comercial de bens poderá andar muito próximo dos 800 milhões de euros”, afirmou Brilhante Dias em julho, sublinhando que este investimento vai “alargar a longevidade de uma instalação produtiva muito importante, que é o ‘site’ que a Repsol administra em Sines”, permitindo posicioná-lo “como uma infraestrutura moderna num sector que tem de contribuir para a descarbonização, já que a sua base é o combustível fóssil, é o petróleo”.
A cerimónia de apresentação de amanhã, será presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e contará com as intervenções do Ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do CEO da Repsol, Josu Jon Imaz, e do presidente da Repsol, Antonio Brufau Niubó.