
O primeiro-ministro António Costa esteve hoje em Sines, na apresentação de um projecto de ampliação do polo industrial local. O projecto custará 657 milhões de euros, resulta de um acordo entre o Governo e a empresa Repsol e António Costa pareceu aproveitar a oportunidade para uma indirecta à concorrente da empresa, a Galp, que o PM criticara de forma veemente em setembro pelo encerramento da refinaria de Matosinhos.
Elogiando a Repsol, uma “empresa de origem petrolífera” que “dá um excelente exemplo do que significa o compromisso com a transição climática“, António Costa defendeu: “Temos de mudar de paradigma e isso vai impactar forma de vida de muitas empresas do sector petrolífero”.
Para o primeiro-ministro, “a boa resposta” de uma empresa do sector petrolífero “não é desinvestir, é investir naquilo que permite descarbonizar e que permite continuar a servir a comunidade através de novos produtos de maior valor acrescentado, mais recicláveis, que permitam dinamizar a economia circular e que permitam contribuir para a transição energética”.
A Repsol não se coloca no lado errado da história, quer estar na vanguarda do lado certo da história. É um excelente exemplo para todas as empresas que, como a Repsol, têm a sua raiz na petroquímica e têm de necessariamente saber qreinventar-se para o futuro”, defendeu Costa.
Hoje, no mesmo discurso em que elogiou a Repsol, o primeiro-ministro vincou a importância de “Portugal continuar a ser seguro e previsível na sua trajectória económica e estabilidade financeira” — algo que, notara, tinha sido referido pouco antes pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, ali presente.
Via Observador