
Chegou a estar marcado para abril de 2021 mas nunca avançou. Agora, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, garantiu numa entrevista ao ECO/Capital Verde que o leilão de hidrogénio vai mesmo avançar em janeiro de 2022. “Estamos a configurar o que que poderá ser um leilão de hidrogénio para o próximo ano. Dê-nos um ou dois meses para ver como é que isto evolui, estamos a trabalhar para isso e no início de janeiro quando for público o aviso do Fundo Ambiental vai haver o valor para o leilão de hidrogénio”, disse o ministro, explicando: “Até porque os 60% das verbas dos leilões CELE (licenças de emissão de carbono) a colocar no sistema eléctrico nacional, seriam com base no pressuposto de haver sobrecusto, mas como há sobreganho (nas renováveis), temos uma folga grande para os leilões do hidrogénio”. O ministro garante que produzir hidrogénio verde hoje é mais barato do que utilizar gás natural. E que face ao preço (acima dos 100 euros por MWh a que tem estado o gás natural na Europa o hidrogénio verde não precisa de apoios para ser produzido.“Vai este cenário prolongar-se ao longo de um ano? Não creio. É por isso que ainda faz todo o sentido realizar um leilão de hidrogénio. Lembro a conta: eram 500 milhões de euros a dividir por dez anos. Mas serão necessários? Só se a quantidade for maior porque se pensarmos no preço unitário, até é dinheiro a mais”, garante o governante.