
Segundo avança o Jornal de Negócios, a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) já lançou o concurso para a concessão da exploração, em regime de serviço público, do terminal multipurpose, que será vocacionado para a movimentação de mercadorias diversas, incluindo contentores, granéis e cargas de projecto, devendo as propostas ser apresentadas até 15 de fevereiro de 2022.
Em comunicado, a APS salienta que “as condições do concurso foram desenhadas com o objectivo de colocar à concorrência um processo de concessão flexível, que possa ser atractivo para operadores de média/grande dimensão com diferentes vocações, que se disponham a assegurar simultaneamente a movimentação das cargas de proximidade e a reconversão da actividade do terminal”.
O prazo desta concessão, acrescenta, será proposto pelos concorrentes, tendo como máximo os 30 anos. O terminal multipurpose de Sines (TMS) iniciou a sua exploração em 1992, centrada na importação de carvão para as centrais termoelétricas de Sines e do Pego, tendo mais tarde sido ampliado para permitir a movimentação de vários tipos de carga.
Com o encerramento da actividade das duas centrais, “o TMS tem todas as condições não só para capturar mais carga de ‘hinterland’, como também para se reconverter num nó logístico especializado numa nova carga, seja na área do agroalimentar, de outros granéis sólidos, veículos, contentores ou cargas de projecto”, afirma a autoridade portuária liderada por José Luís Cacho.
Em julho último, em entrevista ao Negócios e Antena 1, o presidente do Porto de Sines garantiu que a sustentabilidade futura da infraestrutura “está assegurada” com novos negócios e novas cargas, que “possam vir a substituir a economia do petróleo”. José Luís Cacho apontava então para breve o lançamento deste concurso, com “a perspetiva de captar novas áreas de negócio no segmento da carga sólida para o antigo terminal do carvão”.
Na mira do porto de Sines, assumiu, está o agronegócio, os minérios, designadamente o lítio, carga de projecto (peças fabricadas em Portugal ligadas à indústria da metalomecânica pesada), e o setor automóvel.