
Em comunicado, o MAISines entende que os grupos democraticamente eleitos devem tomar posição pública sobre as situações que dizem respeito à comunidade que os elegeu. Nada do que se passa em Sines pode ser alheio à autarquia.
O MAISines identifica-se com as causas da justiça climática. É necessária a mudança de hábitos por parte de particulares e sobretudo de empresas para preservar o ecossistema e garantir um futuro sustentável, em que possamos continuar a habitar um planeta verde e respirável. Não temos o direito de comprometer as próximas gerações. Somos, portanto, a favor de uma transição planeada, faseada e justa dos combustíveis fósseis para outras fontes de energia limpas e sustentáveis.
No entanto, o MAISines não pode deixar de exigir que a transição em causa seja, como referido, faseada e justa para todos os trabalhadores envolvidos. Uma transição é, por definição, um percurso entre dois pontos separados no tempo ou no espaço. Não cremos que seja justo nem sensato colocar em cheque a subsistência de milhares de trabalhadores e das suas famílias. Tão importante quanto acautelar que no futuro o nosso planeta permanece habitável é garantir, por todos os meios, que todos os trabalhadores – e respetivas famílias – envolvidas em empresas que se dedicam à exploração de combustíveis fósseis têm todos os seus direitos acautelados num processo de transição que, reiteramos, deve ser gradual, sustentável e justo.
O MAISines estará certamente ao lado de quem luta por uma transição climática que seja justa, gradual e faseada. Nunca esqueceremos, contudo, a impreterível necessidade de garantir toda a segurança e todos os direitos aos trabalhadores envolvidos.