
O presidente da Associação dos Portos de Portugal (APP) defendeu ontem que Portugal pode ser uma solução alternativa para resolver o abastecimento de gás na Europa, com vista a reduzir as importações da Rússia.
“Portugal pode contribuir como solução alternativa, que resolva o problema de abastecimento da Europa”, afirmou José Luís Cacho, que falava aos jornalistas, à margem da assinatura do protocolo entre a APP e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários do Brasil (ANTAQ), em Lisboa.
Conforme apontou, os portos nacionais têm capacidade de expansão, de modo a poderem receber mais gás. Por exemplo, em Sines existe a possibilidade de descarregar dois navios em simultâneo.
José Luís Cacho referiu que, atualmente, não existe nenhuma regra que impeça os navios de entrar em Portugal e descarregar gás russo, contudo ressalvou só ter conhecimento de duas embarcações que vão fazer essa operação, a curto prazo.
“As empresas que importam gás já demonstraram vontade de não comprar mais gás à Rússia”, apontou, precisando que esta proveniência tem uma quota de mercado que ronda os 10%.
Neste sentido, o mercado nacional não terá qualquer problema caso venha a ser aplicada uma restrição de abastecimento de gás russo, garantiu.