
“Um projecto desta natureza interessa a grandes operadores mundiais de contentores como, por exemplo, a PSA, que está em Sines, a Hutchison que tem sede em Hong Kong, ou outras empresas que estão sediadas na Europa, armadores de ‘shipping’ como a Hapag-Lloyd, a MSC, Maersk ou a francesa CMA CGM, mas também a japoneses, coreanos e empresas chinesas. Todos esses são potenciais interessados num projecto desta natureza”, afirma o responsável.
No entanto, e apesar do Governo ter já publicado o decreto-lei que altera as bases da concessão do novo terminal – depois do concurso lançado em 2019 ter ficado deserto – José Luís Cacho considera que “no momento actual não há condições de mercado” para lançar novo concurso para um projecto a 50 anos que vai exigir cerca de 640 milhões de euros.
O responsável refere que admite agora um interesse diferente dos potenciais investimento depois de ter havido uma flexibilização das condições, designadamente do investimento inicial.
“Os objectivos do projecto mantêm-se, sejam os objectivos de investimento, de movimento, de número de posições, procurámos foi flexibilizar o investimento ao longo da vida útil da concessão”, explica José Luís Cacho, adiantando que em vez de 300 milhões para o arranque do projecto serão exigidos ao privado 100 a 150 milhões na fase inicial.
É que se anteriormente estava prevista a construção de duas posições para dois navios trabalharem em simultâneo, com a alteração agora introduzida “permite-se que o projecto possa arrancar com uma posição do navio, ou seja, menos de metade do investimento inicial previsto”.