
Mantendo a opção do seu antecessor, Duarte Cordeiro confirmou que não pretende reabrir as centrais a carvão, apesar do apelo de alguns. O ministro do Ambiente e da Acção Climática alerta que essa opção traria mais custos para os consumidores portugueses e colocaria Portugal mais dependente em termos energéticos da Rússia uma vez que é quem domina o mercado do carvão. “Não pretendemos reactivar as centrais a carvão que tantos, tantas vezes, insistem que consideremos“, afirmou Duarte Cordeiro, dando continuidade às posições defendidas por João Pedro Matos Fernandes, ex-ministro do Ambiente e da Acção Climática, que tinha dito que “seria um disparate absoluto” regressar à produção de energia com carvão porque “custaria muito dinheiro”. Por exemplo, segundo Matos Fernandes, o país pagava 100 milhões de euros por mês só para o funcionamento da central do Pego. O novo ministro deixou dois argumentos para convencer quem pede a abertura das centrais a carvão: “Esses, os defensores de uma economia dependente e de uma descarbonização adiada, nem pensam no preço absurdo que a eletricidade atingiria, tendo em conta os seus custos da produção“, disse, acrescentando que “também não consideraram a falta de segurança que representaria a dependência de um mercado, o do carvão, dominado pela Rússia“.