
O primeiro-ministro português, António Costa, disse hoje que o gostaria de ver gás natural liquefeito moçambicano a entrar na Europa através do porto de Sines.
“Podemos desde já usar o porto de Sines e o gás moçambicano será muito bem-vindo, se o escolher como ponto de entrada na Europa”, referiu António Costa, à margem do Fórum de Negócios Portugal-Moçambicano, em Maputo. A decisão está nas mãos das empresas petrolíferas e de energia e a produção que está prestes a arrancar na plataforma flutuante da bacia do Rovuma já está vendida por 20 anos – ainda assim, a vontade política de aproximação nesta área ficou patente, numa altura em que uma crise energética afecta o mundo e, em particular, a Europa. A “primeira resposta” à crise passa por acelerar o uso de energias renováveis, uma transição em que serão necessários “recursos como aqueles em que Moçambique é rico, como o gás natural”. “O início da exploração de gás natural em Moçambique não podia vir seguramente em melhor altura para Moçambique e para quem é importador, como somos quase todos os países da União Europeia (UE)”, sublinhou.