
Desde o início da guerra na Ucrânia (24 de fevereiro de 2022) que comprar óleo alimentar, carne ou fruta fresca tem pesado cada vez mais na carteira dos portugueses.
Segundo os dados divulgados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), o preço dos óleos alimentares disparou 36,2% em agosto, face a fevereiro. É a categoria de produtos alimentares que registou a maior subida. Seguem-se as carnes de aves, que agora estão 25,1% mais caras, e a carne de porco, cujo preço aumentou 23,4%.
A fruta fresca ou frigorificada subiu 14,4% e as frutas, em geral, registaram uma subida de 13,7%. O preço dos produtos de padaria, bolachas e biscoitos avançaram 12,5% e o leite, queijo e ovos encareceram 10,3%. O pão, com uma subida de 8,8%, e o peixe, com um aumento de 8,7%, são os produtos com menor variação de preços entre fevereiro e agosto.
De acordo com o INE, “os produtos alimentares contribuíram em cerca de 40% para a variação total do IPC (Índice de Preços no Consumidor)”. “Neste grupo foram recolhidos mais de 60 milhares de preços relativos a mais de 250 produtos”, esclarece o gabinete de estatísticas.
Em termos homólogos, em agosto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou a variação mais elevada desde outubro de 1990, fixando-se em 15,4%. Em julho a subida foi de 13,2%.