Três activistas detidos depois de se colarem à entrada da Galp em protesto.

Segundo avança o Observador, mais de 20 activistas estiveram esta manhã a bloquear a entrada da sede da Galp, em Lisboa, impedindo a entrada dos funcionários, em protesto contra o papel das empresas petrolíferas na subida do custo de vida e na crise climática. Três deles, que colaram as mãos com super cola 3 às portas de vidro do edifício acabaram mesmo por ser descolados pelos bombeiros, detidos pela PSP e levados para a esquadra.

Os manifestantes erguiam faixas desde as 8h15 com referência aos lucros recorde da empresa e depois, em solidariedade com os três detidos já depois das 10h00, deslocaram-se à esquadra da PSP em Benfica.

As queixas incidiam sobre as alterações climáticas e as dificuldades na transição energética a que os manifestantes somaram as críticas dos lucros extraordinários, numa altura de guerra que prejudica o clima mas também “a carteira dos portugueses”.

O activista da Climáximo João Camargo sublinhou, pelo telefone, à agência Lusa que o principal objectivo é “interromper a actividade regular e criminosa dentro desta empresa”.

“Queremos com esta acção tornar inequívoca a realidade de que empresas como a Galp e os seus lucros multimilionários são os responsáveis pelo aumento de custo de vida em Portugal e pelo caos climático. (…) Empresas como a Galp têm que ser travadas”, disse.

Segundo a Climáximo, os “lucros recorde da Galp de 420 milhões de euros no primeiro semestre estão diretamente relacionados com o aumento dos preços e da inflacção“.

Para os activistas, o “aumento do custo de vida dos povos nos países por todo o mundo é consequência de uma economia capitalista construída para ser viciada em combustíveis fósseis”.

De acordo com a Climáximo, “no meio desta crise energética e social, por cima da crise climática, os governos europeus estão a ceder à chantagem das petrolíferas e, em vez de acelerarem para acabar com os fósseis, continuam a subsidiar essa energia e a construir mais infraestruturas“.

João Camargo disse à Lusa que os activistas não querem chegar à fala com responsáveis pela empresa.

“Temos de ser honestos. Não temos nada a falar com a Galp. Não queremos nenhuma interlocução com empresas que fazem pior para o presente e para o futuro”, concluiu.

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