“Guerra”, “abusos” ou “inflação”: já estão abertas as votações para a Palavra do Ano

Todos os anos, a Porto Editora elege uma nova palavra a cada 365 dias, com o objectivo de “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa”. A editora já divulgou a lista das 10 termos que mais marcaram o ano de 2022. As votações abriram no passado dia 1 de dezembro.

A escolha é feita com base nas sugestões recebidas no site da iniciativa e através da “análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais como no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora”, esclarecem no site.

No ano passado, a Palavra do Ano de Portugal foi “vacina” (e não é difícil perceber porquê), que sucedeu a “saudade” em 2020 e “violência” em 2019. Este ano, os 10 termos que vão a votos para a Palavra do Ano são “abusos”, “ciberataque”, “energia”, “guerra, “inflação”, “juros”, “nuclear”, “rainha”, “seca” e “urgências”.

Se gostava de saber o motivo destas palavras em específico, a Porto Editora explica tudo no site. Por exemplo, justificam a palavra “energia” pela “crise energética causada pela escassez e pela dificuldade de acesso a fontes de energia”, que tem tido um grande impacto na vida das famílias e das empresas.

“Inflação” porque a taxa de inflação atingiu o valor mais elevado desde 1992, e “juros” porque o aumento das taxas de juros está a fazer subir o valor das prestações dos empréstimos bancários.

“A Igreja Católica constitui uma comissão independente para investigar casos de abusos sexuais nas suas instituições, tendo já recebido mais de 400 denúncias”, daí uma das palavras candidatas ser “abusos”.

Entre as dez candidatas estão ainda as palavras “seca” e “urgências”. Isto porque, em 2022, o País enfrentou uma das piores secas dos últimos 100 anos e por terem sido recorrentes os casos de urgências nos hospitais, especialmente nos serviços de obstetrícia e pediatria.

O quarto termo da lista de finalistas é “guerra”, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, que deu início ao maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Outro momento que marcou o ano foi a morte da rainha Isabel II, sendo essa a justificação para a palavra “rainha”.

As votações terminam no próximo dia 31 de dezembro e a palavra vencedora será anunciada nas primeiras semanas de 2023.

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