
A maioria das famílias portuguesas só vai conseguir resistir à grave crise inflacionista e energética e ter dinheiro para fazer compras, boa parte delas de bens essenciais, porque irá recorrer como nunca às poupanças, diz o Banco de Portugal, no novo boletim económico.
Depois de ter atingiu um máximo histórico superior a 19% do rendimento disponível no início da pandemia, as famílias já estão a esvaziar o dinheiro que amealharam nesses tempos de maior clausura. E vão continuar a rapar o fundo do cofre. Em 2023, esse rácio de aforro dos particulares colapsa para apenas 3,9%, diz o banco central governado por Mário Centeno.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) define como taxa de poupança famílias “a parte do rendimento disponível que não é utilizado em consumo final, sendo calculada através do rácio entre a poupança bruta e o rendimento disponível (incluindo um ajustamento pela variação da participação líquida das famílias nos fundos de pensões)”.