Projecto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol entrou em consulta pública

O projecto de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol, em Sines, está a partir de hoje em consulta pública, sendo que está previsto arrancar no 1° trimestre de 2023 e estar concluído no início de 2025, prevendo-se o começo das suas operações em julho desse ano.

Na altura da apresentação do projecto, em julho, o então director-geral da Repsol Polímeros, Arsénio Salvador, referiu que “há duas datas mais importantes: uma em 2024, em que vamos fazer uma paragem geral de todo o complexo no 2° trimestre, e vamos fazer muitos trabalhos preparatórios, e, a data chave, será no terceiro trimestre, em julho, de 2025, em que as duas fábricas novas vão começar a produzir”.

Esta expansão trata-se de um investimento a rondar os 700 Milhões de euros e que terá como consequência o aumento de exportações em cerca de 400 milhões de euros, a diminuição de importações em outros 400 milhões e um valor acrescentado na ordem dos 200 milhões de euros. O projecto Alba vai construir duas fábricas que vão utilizar o etileno e o propileno produzidos e que, comummente, são exportados.

As duas fábricas vão utilizar as tecnologias Univation Unipol PE e Spherizone, da LyondellBasell Industries, e esperam, assim, transformar o etileno em polietileno de alta densidade (usado em tubagens, embalagens de plástico para higiene ou produtos alimentares ou películas) ou em polietileno de baixa densidade (usado em espumas, cabos elétricos).Com este aproveitamento, a Repsol Polímeros espera aumentar a sua produção para até 850.000 toneladas por ano, sendo que 310.000 toneladas deverão ser exportadas através do porto de Sines, 220.000 toneladas para Espanha, 220.000 toneladas para o resto da Europa e 100.000 toneladas deverão ser utilizadas em Portugal.

“Portugal vai ter duas fábricas de dois produtos que até hoje não tem. Os produtores de plástico precisam de importar os seus produtos”, uma vez que hoje não há produção local, explicou, em julho, Arsénio Salvador, que referiu que o polipropileno e o polietileno de alta densidade representam 67% da procura de poliolefinas em Portugal.

De acordo com as previsões da Repsol, a procura destes polímeros em Portugal deverá ser satisfeita com a construção destas duas fábricas, podendo passar de um défice de 400 milhões de euros para a balança comercial portuguesa, para um ‘superavit’ (excedente) de 400 milhões de euros.

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